O cemitério Bosque da Paz, situado no generoso solo baiano e próximo à Mansão do Caminho, recebeu os restos mortais de Tio Nilson, quase ao final da tarde deste 21 de novembro. Um filho querido desse Estado, caracterizado pela simplicidade e aureolado pelo fulgor dos idealistas que se imolam em laborioso dinamismo, na ação edificante que empreendem.
Um imenso grupo de amigos, filhos, dirigentes, funcionários, voluntários e frequentadores do Centro Espírita Caminho da Redenção / Mansão do Caminho, em caravana de amor e gratidão, despediu-se do nobre Nilson de Souza Pereira, o querido e amado, gentil e carismático, Tio Nilson, que a todos nos acolhia com a sua bondade, gentileza, sorriso franco e aberto, abraço carinhoso e, sempre, com palavras elucidativas e orientadoras.
Foi-nos o farol e o esteio, junto com o companheiro Divaldo Pere ira Franco, ao longo desses 66 anos da existência desta nobre Instituição, tendo sido seu humilde, discreto, firme e hábil Presidente por 64 anos. Simples como ele, foi à cerimônia de sepultamento de seu corpo, às 16h30, permeada de leituras das mensagens edificantes da querida benfeitora Joanna de Ângelis, psicografadas pelo dileto amigo-irmão, Divaldo Franco, preces e singelas considerações a respeito de tão querida personalidade.
Estiveram representadas a Federação Espírita do Estado da Bahia, na pessoa de seu Presidente, André Luiz Peixinho, a Federação Espírita Brasileira, ali representada por João Rabelo, além de diversas representações de Centros Espíritas de Salvador, que teceram comentários emocionantes a respeito do querido Tio Nilson. A cerimônia foi encerrada com comovida prece proferida pelo atual Presidente do Centro Espírita Caminho da Redenção, Demétrio Ataíd e Lisboa e pelos filhos saudosos, que em uníssono, oraram em voz alta a Prece de Cáritas, homenageando ao pai amoroso que se despediu de nossos olhos materiais, mas que para sempre será lembrado pelas suas ações, ideias, comentários e maneira de ser, como exemplo ímpar a ser seguido, que nunca deixou-se corromper pelas vaidades humanas, legando-nos um grandioso testemunho de amor ao semelhante. Receba, Tio Nilson, nosso reconhecimento ao regarmos o solo sagrado com o pranto das lágrimas saudosas do nosso amor, numa expressão singela com que lhe homenageamos, cercado pelos depoimentos ditados espontaneamente pelos seus filhos e amigos, a traduzirem suaves emoções e queridas evocações dos momentos especiais em sua gratificante convivência, nosso pai, amigo, companheiro, administrador atento e operoso, e Espírita exemplar.
Voe livre, Tio Nilson, por merecimento, após a trajetória de lutas e redenção, de sacrifícios e abnegação. Que os queridos amores do Além possam aninhá-lo nos braços, com afeto e dedicação, ante um breve despertar na Grande Pátria. A sua lembrança será o culto das nossas vidas.
Texto: Telma Sarraf e Delcio Carvalho