7 Setembro 2016 José Reis Chaves
Amado Jesus, a cada novo amanhecer, percebo as oportunidades de aprendizado que a vida me oferece. Elas estão contidas nos pequenos e grandes detalhes do dia a dia. Muitas vezes nem percebo o quanto são importantes. E, se são amargas, as rejeito e grito impropérios, revoltado com a adversidade que me visita.
Mas quando tranquilizo a mente e o coração e silencio os diálogos internos que tanto atormentam, consigo perceber o quanto as lições que me ofereces são valiosas para o meu aprimoramento espiritual. É claro que o ser humano não quer sofrer. Ninguém quer. Mas quando a dor nos visita, precisamos extrair o melhor dela. Qual a mensagem que ela traz? Qual a mudança que me propõe? Será que vem para denunciar meus vícios, acomodações, desvios de conduta? Será que vem abrir meus olhos para a necessidade urgente de ser feliz?
E o que é ser feliz senão libertar-se da dependência de tudo o que nos cerca para nos sentirmos bem? Libertar-se da dependência da reação e da atitude dos outros para nos sentirmos plenos? Enquanto buscamos fora de nós a realização dos nossos sonhos , não teremos a felicidade que tanto almejamos.
Ninguém pode trazê-la numa carruagem dourada como mágica produzida pela fada madrinha. A felicidade é uma conquista, é a conquista de si mesmo. É obtida pelo trabalho diário de podar nossas arestas, arrancar as ervas daninhas com coragem e sem pena, é o domínio de si e dos próprios impulsos. É ser o timoneiro do próprio barco, mas confiar também o leme ao Universo, Ao que nos criou. É muitas vezes deixar que a maré nos leve e confiar na sabedoria da natureza que tudo conduz se estivermos irmanados com ela.
Façamos a nossa parte e deixemos que a vida nos embale e nos conduza suavemente pelos caminhos que devemos percorrer para estarmos em paz e repletos de felicidade por termos nos libertado daquilo que acreditamos ser a nossa essência e não era.
Tenhamos coragem para mudar e seguir adiante rumo à felicidade. Estamos todos no mesmo barco.