Estamos vivendo momentos de grandes dificuldades no Brasil, por uma clara divisão de forças que se estabeleceu aqui e ali por incentivo de líderes políticos, que muitas vezes vislumbram poder pessoal, em um processo de ego inflado. Em função disso, nota-se o surgimento de torcida por terra arrasada, em culto, às vezes dissimulado, mas sempre presente, do avesso da esperança, em uma espécie de: espero que tudo dê errado, para eu anunciar o tal “eu lhe disse”.
Assim fizeram, torceram e o processo continua, com novos personagens, mas continua. Precisamos ter esperança, e aqui não falo em função de pessoas, partidos ou governos. Falo da expectativa que anima a alma por uma mudança favorável na vida.
A esperança tem sido alvo de grandes pesquisas por parte de estudiosos do comportamento humano, principalmente a partir da década de 50, do século passado, onde, em especial, chamou a atenção dos investigadores o potencial de cura contido nela. Foi, no entanto, como bem noticia o escritor Eduardo Aras, na década de 90, que o assunto assume prioridade de investigação, quando o psicólogo norte americano, Snyder, lança o seu livro sobre a esperança, onde entende que ela é uma força motivacional que gera na pessoa uma alavanca a tirar o ser humano da sua ausência de perspectiva.
Snyder criou uma Escola da Esperança, após ter apresentado na Amarican Psychological Association (APA), em 2005, os resultados de mais de uma década de pesquisa, onde, segundo suas conclusões, pessoas com “baixa esperança” têm objetivos difusos, não guardam metas para alcançar e se abatem com o menor problema. Ainda segundo o estudioso, os de “alta esperança” geralmente investem em muitas metas de realizações e satisfação pessoal e não se abatem se uma ou outra não saíram como foram projetadas, uma vez que estão sempre se alimentando do novo, do possível, na busca sempre de novas tentativas, caminhos o que o outro grupo não consegue programar. Esperança é vital para a saúde da alma.
José Medrado
Mestre em Família pela UCSal
Fundador da Cidade da Luz