Martin Luther King proclamou: “O que me assusta não são as ações e os gritos das pessoas más, mas a indiferença e o silêncio das pessoas boas.”. Isso em decorrência da banalidade, até jocosidade que vemos por todos os lados, em relação a tudo; há pouco, foi acerca da viagem “oficial” do Prefeito João Henrique e seus novos familiares, com uma “esticadinha” a plagas de diversão. O problema não está na viagem em si, mas na necessidade de se vir prestar contas do dinheiro público gasto, e como foi gasto, até onde foi o “oficial” ou se este se misturou com o particular, no usufruto de turismo.
Dessa forma, a questão, então, foge do banalizado, para uma constatação preocupante: a arbitrariedade que é a desobediência a princípios e normas legais está se tornando questão de somenos importância. Verifica-se, então, que a sociedade saiu de uma crise de valores éticos, sociais, cidadãos e entrou em uma elástica tolerância do absurdo, prenúncio de uma desobediência civil geral, fator de convulsão social incompatível com civilidade, haja vista que vemos em nosso País, principalmente em nossa cidade, cada um fazendo as suas regras de convivência, dentro de seus interesses pessoais, sem qualquer preocupação com outro, no que deveria ser uma vivência de respeito às instituição firmadas, responsáveis pelo zelo da harmonia social.
Apenas um exemplo pessoal: já desviei de dois acessos ao meu ambiente profissional, em Nazaré, subida da Rua do Limoeiro e descida pela Prado Valadares, tendo que fazer voltas maiores, porque, nessas duas ladeiras, carros estacionam de um lado e outro, impedindo a fluidez do trânsito sem que nada seja feito. E assim é com tudo.
Por isso, é preocupante esse silêncio conformista dos bons, que não bradam, não repudiam esses governantes e suas práticas nocivas ao bem comum, apoiando-se no tal “não vai mudar nada”. Realmente, nada mudará se acharmos que não temos responsabilidade em tais descalabros ou se levarmos, pura e simplesmente, na tal esportiva, mas com certeza com um mínimo de engajamento de todos, podemos transformar muito a realidade em que vivemos.