FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO

Corrupção generalizada

Corrupção generalizada

É de se lamentar os comentários feitos por Luís Fabiano, atacante do Sevilla, após o gol contra a Costa do Marfim, onde se valeu da mão para “ajeitar” a bola: “Uma mão involuntária, uma mão santa, uma mão de Deus. Mas, como foi involuntária, valeu a pintura do gol”. Involuntariamente, duas vezes? Todos acharam normal, bobagem, ouvi.

Só sendo um craque para fazer aquilo, registrei o comentário de alguém. Não vi, nem ouvi represálias, parece que todos fizeram um ar de paisagem, pois o fim justificou o meio, precisava ganhar. Mas, logo depois, a indignação tomou assento na razão brasileira, Kaká foi expulso “injustamente”, pois o jogador marfinense fingiu a agressão. Pus-me a perguntar: qual a diferença de um e outro ato? O tal Fabuloso também não fingiu que dominou a bola? Ah! Mas o que sofreu Kaká nos prejudicou. No entanto, o que fez Luís Fabiano não prejudicou a Costa do Marfim? É a tal história da pimenta s do refresco.

A verdade, no entanto, é que, como disse um pensador, vivemos uma corrupção endêmica, como consequência deste padrão moral elástico no qual somos iniciados desde a mais tenra idade. Desonestidade, engano e falta de caráter é algo intrínseco e altamente difundido na maioria das atividades que se desenvolvem neste País. Nada tem escapado ao uso do “jeitinho brasileiro”, do cinismo e da dissimulação.

Esta corrupção está se imiscuindo em vários níveis e se percebe que já começa dentro de casa, quando se usa até a carteira de estudante de um irmão para pagar “meia” no cinema. A cada dia que passa notamos um enfermiço comportamento tolerante, a omissão das pessoas com a corrupção do cotidiano, sempre resguardando o interesse a bem próprio, posto que o contrário faz com que o cinismo seja inspirador de discursos de reprovação e indignação.

A verdade é que estamos diante de uma septicemia que está matando, falindo o organismo moral brasileiro, em seus valores mais comezinhos, onde a decomposição dos seus princípios não tem mais incomodado com o seu cheiro antiético a coletividade do povo brasileiro.

José Medrado
Mestrando em família na Ucsal e fundador da Cidade da Luz

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