Em outubro último, em entrevista ao portal Terra, Joseph Atwill, teólogo norte-americano especializado na Bíblia, afirmou que Jesus Cristo foi uma ficção criada pelos romanos no século I.
Foi o que defendeu em um simpósio em Londres. Atwill disse que o cristianismo foi inventado durante o Império Romano para controlar as massas, como estratégia política contra a violência dos judeus que viviam na Palestina, na época. Depois de esgotarem suas tentativas para conter as rebeliões usando armas, os romanos teriam criado, segundo o teólogo, o mito de um líder judeu pacifista para encorajar seu povo a ceder ao imperador romano Júlio César (100 a.C – 44 a.C) e pagar impostos a Roma. "Eu comecei a notar uma sequência de paralelos entre os dois textos [o Novo Testamento e o manuscrito "A Guerra Judaica", escrito por Flávio Josefo no séc. I]", afirma Atwill. "E, embora estudiosos cristãos tenham reconhecido por séculos que as profecias de Jesus parecem estar cheias das coisas que Josefo escreveu em seu manuscrito, eu enxerguei outras dúzias", acrescenta.
É certo, o cristianismo sempre foi usado para a manipulação, concentração de poder, realizações de torpezas das mais variadas formas, como, por sinal, até hoje é empreendido com estes fins, por diversas correntes religiosas, com os mesmíssimos intentos de antanho, e têm conseguido. Veja fanatismos persecutórios às religiões que não se coadunam com princípios fascistas e alienadores de muitas dessas "religiões" que cresceram às margens de valores atribuídos ao cristianismo.
Por outro lado, sei, pela própria lógica humana dos interesses e conveniências, que muitos dos textos bíblicos foram adulterados, enxertados por intenções da mais diversa ordem. Porém, entendo, por fim, que a discussão de tal monta nada acresce ao conteúdo da mensagem, que se torna, indiscutivelmente, proposição de uma vida altruísta, com boa alteridade, gerando aos que a bem vivem grandeza histórica, vide a nossa irmã Dulce.