Foi uma grande polêmica, quando anunciei que estaria recebendo na Cidade da Luz, o campeão de MMA (Mixed Martial Arts), Júnior Cigano, para uma espécie de Talk Show, o que aconteceu no último sábado. Alguns afirmaram que nem esporte deveria ser considerado, pois há, neste sentido, muita violência.
Outros, no entanto, não só defendem como esporte, mas chegam a afirmar que ele não é violento, pois suas regras, seus limites são muito bem postos, tornando-se um esporte seguro e regular.
Fato é que a prática, o interesse pelo MMA está se tornando, rapidamente, o segundo esporte mais buscado e visto pelo brasileiro, e em relação às contusões e problemas, o Dr. Fábio Costa, ortopedista e especialista em joelhos, pela USP, afirma que como médico do Bahia de 2006 para cá, ele operou mais de 30 cirurgias em função das mais variadas lesões, e na equipe de MMA não foram mais de 5, afirmando, ainda, que muita gente já a pratica por aqui. Independentemente da controvérsia que persistirá por muito tempo, gerando desagrado em uns - algumas vezes com colocações bastante violentas - e acolhimento por outros, quero me fixar na figura do homem Júnior Cigano, não porque ele tem dito que sempre que podia frequentava a Cidade da Luz e que a sua esposa é antiga participante da Casa; realmente não, mas porque quando o entrevistei, até com certo confronto, percebi muito comprometido em ser uma referência para os jovens, como atleta, desportista que mudou a sua vida, deixando para trás, inclusive, o uso de álcool e tendo uma vida conduzida por disciplina e muito treinamento.
Pessoalmente, não consigo ver um esporte onde há possibilidade de pessoas sangrarem, ainda que, como disse Júnior, são cortes que apenas dão forte impacto de imagem. Mas, hoje em dia, não conseguirei deixar de torcer pelo Cigano, por seus conceitos de vida, pela admiração que causa a quem o ouve, por percebê-lo um homem de bem.
Além do mais, participa quem se prepara, treina para tanto e se sente fazendo o que aspira como esporte e vê, acompanha, quem quer. Já ao seu filho, caberá você ser referência.