A frase “Le Brésil n’est pas un pays serieux“ – “O Brasil não é um país sério” – atribuída a Charles de Gaulle, em verdade é de autoria do diplomata brasileiro Carlos Alves de Souza Filho, embaixador do Brasil na França entre 1956 e 1964, genro do presidente Artur Bernardes. O vaticino, em verdade, se estabeleceu como uma espécie de premissa conceitual da nossa Nação, o que, infelizmente, é verdade.
Aqui fica no comando do País um denunciado por vários crimes; o partido do presidente de uma comissão que envolve defesa de minorias vai ao Supremo Tribunal Federal contra iniciativa que iguala todos os brasileiros perante as leis, no caso a convalidação do casamento homoafetivo; tem-se a cultura de que há leis que pegam, aplicam-se, e outras que não; constrói-se um estádio de futebol em Brasília com mais de R$ 1 bilhão, tendo apenas como detalhe que por lá o futebol é quase inexistente; o caro leitor poderá sair lembrando de dezenas de outras situações.
É claro, portanto, que o País não é sério, mas agora vem uma incômoda pergunta: E de quem é o Brasil? Por análise em última instância da Constituição, art 1º., parágrafo único, é do povo. Acredite quem quiser, não se esqueça: o país não é sério. Como se não bastassem todos os desmandos dos "compatriotas", ainda somos maltratados, espezinhados pelas holdings internacionais que se apropriam de tudo, telefonia, energia e fazem o que querem, e nós, pobres consumidores, precisaremos sair correndo aqui e ali para não amargar prejuízo algum, já que o Estado é leniente com esses donos dos serviços. É a telefonia celular, fixa... a desrespeitar a todos; por aqui, é a COELBA, ou melhor a Neoenergia, em situação que em qualquer país sério já estariam falidos por multas milionárias, pela constante descontinuação de fornecimento dos seus serviços. Pois é, este é o Brasil.