FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO

Então é Natal!

Recentemente, ouvi um grupo de pessoas conversando dizendo que não aguentava entrar nos lugares, principalmente lojas e ouvir a música cantada por Simone, “Então é Natal”. Afirmava que era insuportável, enjoada, chata, sempre a mesma coisa. Pus-me a refletir: o que leva uma pessoa a não gostar de uma música que traduz tanto esta época?

 

É possível que por aí passem os traumas de família, de tristezas vivenciadas neste período, como lembranças de quem partiu, decepções amargadas, ou até mesmo aquela angústia sem motivo, uma espécie de nostalgia não se sabe de quê. A verdade, no entanto, é que até isso tudo faz parte deste clima de Natal, pois as pessoas estão mais sensíveis; há uma espécie de mobilização emocional maior do que em qualquer outra época do ano.

Algumas pessoas buscam se reconciliar com os seus desafetos, reatando antigos relacionamentos; trocam presentes e, de vez em quando, o “destino” apronta fazendo com que no tal amigo secreto você tire aquela pessoa chata com quem você vivia implicando ou, então, a que estava sempre o perseguindo. Há uma disposição maior para ajudar os menos favorecidos; as pessoas se sentem mais pelos abraços dados e recebidos de Boas Festas; a criança nos vem à tona, na alegria de abrir presentes... tudo com muita alegria e festa, simplesmente por um motivo: É Natal!

Claro que o Natal, por si só, não nos traz felicidade, não retira os nossos problemas e dores. Claro que não! Mas,pelo menos, deveríamos dar uma pausa nisso tudo e aproveitar o clima de alegria, em misto de fantasia e realidade, de divino e mundano, de esperança e nostalgia e proclamar mesmo: Sim é Natal.

É natural, também, ouvirmos os que afirmam que os caridosos de plantão só fazem alguma coisa nesta época. Tudo bem, há muita gente assim, porém o que importa? Que façam, ainda que seja só em dezembro. De outra parte, vamos ver alguns “religiosos santificados” de sempre, com arroubos encantadores de demagogia e pieguismo, pregando tudo que eles não fazem, nem se esforçam por fazer, mas até aí, o que importa? Alguém vai ouvir e fazer, já valerá muito a pena. Afinal de contas, por todos os lados, vemos hipocrisia e dissimulações, até mesmo no cerne das religiões, em todas, sem exceção.

A única preocupação que guardo vivamente é o oportunismo da festa de Natal, para as tais conversas de família, esclarecimentos de comportamentos e do disse-me-disse. Nunca acaba bem, as pessoas querem por os tais pingos nos “is”, pois está todo mundo ali junto,  e lá vai o Natal por água abaixo.

Mas, a bem da verdade é, realmente, tempo de fazer a nós a pergunta que Simone canta:

“Então é Natal, e o que você fez?
O ano termina, e nasce outra vez.
Então é Natal a festa Cristã.
Do velho e do novo, do amor como um todo.
Então, bom Natal e um Ano Novo também.
Que seja feliz quem souber o que é o bem.

E você sabe o que é o bem, principalmente para a sua vida?

José Medrado
Mestre em Família pela UCSAL
Fundador da Cidade da Luz

 

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