FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO

Estão me plagiando, que bom!

Há muito tempo, venho sofrendo severas críticas por romper o padrão divaldiano de palestra. Procuro dar uma nova roupagem com o fito de melhor, em minha avaliação, alcançar as pessoas e nelas depositar uma semente de busca. Nunca tive a arrogância de achar que iria transformar pessoa alguma em espírita, e também não era a minha intenção, mas sempre

quis semear algo mais, digamos, “soft”, a fim de que o medo, os preconceitos fossem dissipados da mente dos leigos. Sabem, aquela coisa de que Espiritismo é para ver espíritos, mesa levitando... e por aí vai.

Claro que o movimento oficial não perdoa, quebrei um parâmetro. O problema não está em não falar igual a Divaldo, pois Divaldo fala como Divaldo, não é marca oficial espírita. É estilo, caminho estruturado para doutrinador. É o jeito dele, construído em mais de 60 anos de pregação. Infelizmente, muitos veem como o protótipo a seguir, daí terem surgido centenas de Divaldos fracos pelo mundo afora. Uma espécie de arremedo do original. Também tive esse meu momento, mas quebrei com essa cadeia. No entanto, sempre abracei a necessidade da renovação.

Não contra A ou B, mas a favor de uma pregação mais aberta, mais contemporânea, mais para os jovens. Os argumentos contrários, no entanto, eram tão tolos, do tipo: Espiritismo é coisa séria, mas quem disse que não sou? Não se pode pregar de qualquer forma, mas quem determinou a forma?

Mas, alguém parece que pegou a minha mensagem e viabilizou dentro da Federação Espírita Brasileira, pois na divulgação do seu congresso, creiam, eles assim estão dizendo, palavras deles: Mudar a forma, mas preservando o conteúdo. Mantendo a ética, que é a própria doutrina, e renovar a estética, deixando-a bela, moderna (nos tempos atuais); o mundo real (nosso dia a dia), deste tempo (o aqui e agora), como se feita para mim (falando comigo) e tem que ser pertinente. Colocar no papel o que precisa ser disseminado. Melhorar a forma para valorizar o conteúdo. Desenvolver uma comunicação direcionada aos jovens e público em geral, espíritas e não espíritas.

Pois é, tudo que sempre disse, e alguém me plagiou; que bom que o fez, mas, é claro, vão dizer que nada tem a ver com o baiano José Medrado. Que importa! Agora parece que vão arejar a mente. Começaram a entender que não se pode estipular padrão para o que é de natureza individual: o ser, o espírito.

Ainda está longe, eu sei, mas haverá um dia onde os dirigentes de órgãos oficiais do espiritismo – oficiais para eles, pois a nós não existe subordinação alguma – entenderão que não são donos na nossa religião, nem hierarquização, onde, à semelhança de Bulas papais, opiniões são exaradas e devem ser seguidas, sob o risco de se ser proscrito.

O Espiritismo é sábio em si mesmo, porque não institui princípios de força de ego inflado, mas a sua vivência de maneira dócil e naturalmente simples, sem arremedos de santidade. Deveria ser assim, mas os homens o estão desfigurando. Porém, quem sabe se já não se vê no horizonte uma nova mentalidade?

José Medrado
Líder Espírita
Fundador da Cidade da Luz

José Medrado - Editorial

Cristina Barude - Psicografia

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