É comentário corrente por todos os lados que estamos vivendo dias difíceis, por uma série de situações que nos chegam ao conhecimento. Vemos, também, que ainda persiste um sentimento pesado, cheio de ódio, pairando sobre as pessoas em nosso país. Não há um mínimo de equilíbrio e respeito nas relações, de um modo geral, principalmente nas discordâncias pelas teias das redes sociais. Os argumentos são detonados por palavras chulas, de baixo calão. Cada qual se sente o dono da verdade, quando muitos se tornaram profundos conhecedores de tudo. O tal senso comum campeia como se fosse recurso de profundo conteúdo acadêmico. Natural, cada um tem sua opinião e a externa como bem apraz, mas daí vermos de autoridades responsáveis pela condução do país, nas suas mais variadas áreas, comentários estranhos, absurdos, é de chocar.
Assim é que, além de tudo, temos visto o que passa pelos palcos do Poder Judiciário, onde recentemente o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, afirmar para o jornal o Estadão que pode haver um movimento internacional sustentando os ataques ao STF nas redes sociais, com o objetivo de desestabilizar o país, em suas palavras: “Esse assassinato de reputações que acontece hoje nas mídias sociais, impulsionado por interesses escusos e financiado sabe-se lá por quem, deve ser apurado com veemência e punido no maior grau possível (…). Pode ser, eventualmente, uma hipótese para atender a indústria bélica, que há muitos anos não tem uma grande guerra como cliente”. Guerra? Onde? Com armas? O quê? Guerra de invasão de um país ao nosso? Guerra civil? Não há como, em sensata consideração, achar tais comentários sensatos, plausíveis para se falar o mínimo.
Assim é que anda o nosso país.
*José Medrado é líder espírita, fundador da Cidade da Luz, palestrante espírita e mestre em Família pela UCSal. Escreve para o BNews às segundas-feiras.