FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO

Mais que desrespeito - 18/06/18


O vídeo que circula pelas redes sociais e aqui foi repostado da Metrópole, onde um grupo de brasileiros faz uma russa cantar, como se fosse uma espécie de grito de guerra da bola, uma música ofensiva a todas a mulheres, repugnou a maioria. A moça canta com tanta simpatia sem saber o conteúdo, que torna a situação, que por si só é revoltante, mas abjeta ainda.


Um instituto nacional de cosméticos publicou faz dois anos uma pesquisa intitulada “O Papel do Homem na Desconstrução do Machismo”, que retratou que muitos não têm a menor noção do que seja machismo, ou mesmo violência contra a mulher. Muitos têm como violência só a agressão física, por incrível que pareça.

As constatações são tristes e evidenciam a ignorância: só 24% dos brasileiros se consideram machistas e os 76% que dizem não ser, registra a pesquisa, desconhecem a própria afirmação, ou seja, não guardam a menor ideia do que é ser machista.

Pude verificar com cinco amigos, em uma conversa informal, o que eles acharam desse vídeo? Incríveis três, proporcionalmente 75%, disseram que foi uma brincadeira que não gerou problema para pessoa alguma. Exatamente isso: a visão de machismo e da violência contra a mulher são restritos a determinadas situações.

O fato é que o machismo em quaisquer das suas manifestações alimenta a desigualdade, e perpetua a violência contra a mulher, e não cabe apenas às mulheres o trabalho de afirmação positiva do seu valor e respeito, mas também a todos, diria a minha mãe: “pois ninguém nasceu de uma chocadeira”, então até por respeito às nossas mães, se não por convencimento pessoal, façamos este trabalho. Caso, no entanto, haja dificuldade em entender o que seria agressão ou não, é simples: coloque a sua mãe, filha e ou mulher no lugar da outra e veja o que sente.


José Medrado

Líder espírita, fundador da Cidade da Luz, palestrante espírita e mestre em Família pela UCSal.

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