Sempre passo aos que me ouvem o entendimento do inesquecível mestre Chico Xavier, de que, em termos de comunicação espiritual, principalmente de entes queridos, o telefone só toca de lá – do mundo espiritual – para cá. Aduzia, ainda, que não deveremos jamais nos preocupar, pois quando o espírito quiser e puder, dará sempre um jeito para fazer chegar a sua mensagem aos seus familiares.
Foi assim que aconteceu, quando, neste novo trabalho mediúnico que agrego aos outros, o da escultura, Aleijadinho fez a sua segunda obra e eu apresentei no Centro e no Facebook; a partir daí, o inesperado aconteceu: no e-mail da Cidade da Luz, recebemos a seguinte mensagem – aqui transcrita com autorização dos seus autores, ipsis litteris: “Bom dia, gostaria de poder conversar com Medrado em relação a uma pintura mediúnica publicada no dia de Corpus Christi, feita por Aleijadinho. A imagem é de minha mãe. Eu, minha família e amigos que viram a imagem pelo facebook estamos sem entender... Gostaria de conversar com ele, ver essa pintura de perto e tentar entender. Mainha desencarnou, há 03 meses, por vários motivos de doenças, aos 59 anos. Preciso dessa conversa com Medrado, estamos querendo entender. Porque a imagem à semelhança dela? Ela está sofrendo? Precisamos de ajuda também. Agradecemos eu e meus irmãos. Aguardo contato.”
Verônica comentou que, quando viu a escultura no Face, de imediato, disse para si mesma: “é minha mãe!”. E acrescentou: “Essa expressão de sofrimento lembrou mainha quando entrou em coma". Chamou o filho de 08 anos para mostrar o que era uma escultura mediúnica e, para sua surpresa, ele exclamou: “Quem desenhou minha avó?”
No Face, Verônica compartilhou a escultura com familiares, sem qualquer comentário. Recebeu telefonema de uma cunhada que lhe perguntou porque ia colocar, na sepultura da sua mãe, uma imagem dela com expressão de sofrimento. Imaginou que Verônica havia encomendado a imagem para colocação no Jardim da Saudade, na campa da Sra. Isaura de Santana Reis, sua mãe, falecida a 02 de março de 2012.
Após ver a escultura, pessoalmente, na Cidade da Luz, na doutrinária de 12.06.12, Verônica e sua irmã firmaram a certeza de que era, realmente, a mãe delas, D. Isaura, falecida há 03 meses e poucos dias. Familiares outros que as acompanhavam também concordaram.
O detalhe do processo é que, quando menina, Verônica chegou a ir com a mãe à Cidade da Luz, mas nunca mais elas voltaram. Muitos poderão elucubrar o que quiserem; a verdade, no entanto, é que a família se sentiu consolada, confortada, e é isso que importa e D. Isaura mandou a sua mensagem, talvez ainda de muita tristeza e saudade, ou talvez de um pouco de dor remanescente dos seus últimos dias, fazendo com que todos se envolvam no processo de oração e certeza de que a mãe ainda os tem na lembrança e no coração.
Assim, aos que creem continua a ratificação do natural processo da vida, no pós-morte; já aos que não, persistirão as dúvidas até a morte.