Irmã Dulce, um espírito de tamanha envergadura moral, crescido no amor e na caridade, merece todas homenagens que lhe fizerem, não para o seu engrandecimento pessoal, ela nunca disso precisou, mas para nós, que vivemos dias desesperançosos diante da aridez dos corações humanos.
Assim, exultei ao saber da concretização desse sonho, pois fui acompanhando essa materialização. Infelizmente, por outro lado, não vi nos que conduziram o projeto o tão marcante "Deus lhe pague", do nosso Anjo Bom da Bahia, a duas sonhadoras desse tento. Digo isso porque acompanhei toda a saga para a realização desse projeto:
Tudo se iniciou quando minha amiga Ivanoy Couto, devota da Irmã, me relatou uma visão que teve com a santa, durante enfermidade de sua genitora, o que a despertou para escrever a respeito da freira. Pronto, as raízes de um ideal despontam.
Ivanoy sonha, literalmente, assistindo ao filme. Seus textos chegam às mãos de Cláudio Pereira, sócio de Walter Salles, produtor de filmes.
Em julho passado, Ivanoy, estimulada pela inspiração e tocada pelas forças superiores do universo, escreve a Roberto Carlos – este mesmo, o cantor. Uma prima, moradora do mesmo prédio, faz com que o rei receba a missiva. E o universo continua coma conspiração: dias depois Myrian Rios vai à casa de sua prima e toma conhecimento da carta e começa também a trabalhar pelo projeto.Myrian entra em contato com Ivanoy e ambas se reúnem com o produtor Bruno Wainer, diretor da Downtown Filmes. Ivanoy faz a ponte entre a presidente das Obras Sociais Irmã Dulce, Maria Rita, e Myrian Rios. Por fim, tudo fluiu, acertaram que a Iafa Britz produziria o filme.
Chegou ao que intenciono: Ivanoy Couto e Myrian Rios foram tristemente ignoradas do processo, não que buscassem aplausos, mas senti que elas não receberam como deveriam o “Deus lhe pague”, pois foi da iniciativa desses corações que esse lindo filme chegou até nós. É isso, gratidão também é justiça que se faz, aprendi com uma amiga.