FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO

Verdades e mentiras

Há alguma coisa de diferente na psicosfera das religiões. Uma espécie de colocação de pingos nos “is”, ou restauração de verdade, sinceridade. O certo é que, realmente, nódoas estão se tornando mais visíveis; mentiras jogadas para o fundo das conveniências estão se superficializando; ilusões estão se desmoronando. Alguém dirá que é o tal propagado mundo de regeneração, que a Terra está fadada, que chegou. Quem saberá? Mas, que as religiões estão em xeque, estão.

 

Vejamos: a Igreja Católica se perde na avalanche de denúncias de pedofilia; há desmentidos e voltas atrás; o papa tratava como pecado, agora fala de abuso; até o arcebispo da Bahia, Dom Geraldo Majela, escreve contundente artigo aqui em A TARDE, no último domingo, sem meias-palavras. Afinal de contas, o papa sinalizou que a tática antiga estava resultando inócua. Já um jornal de S. Paulo divulga, e circula pela Internet, um vídeo onde bispos da Igreja Universal ensinam como tirar dinheiro dos seus fieis, em momento de crise.

O Ilê Axé Opô Afonjá, em Salvador, de mãe Stella, foi roubado mais de uma vez, em flagrante desrespeito ao que, até então, se temia. Parece uma forma de vale tudo, onde nada é respeitado. Talvez uma evidência de que algo precisa ser colocado em seu devido lugar, em questão de fé, sem o absurdo do acima de tudo, inclusive do bem e do mal. E o espiritismo, que lição?

Aos espíritas médiuns, o cuidado com a verdade de seus fenômenos, inclusive nesses dias de comemoração do centenário de Chico Xavier. É preciso que se vivencie como de fato o processo acontece. Tenho recebido dezenas de questionamentos acerca da mediunidade, de sua forma de manifestação, da tal inconsciência, onde muitos se apoiam em descabida falácia para dar mais credibilidade ao seu processo. Bobagens! As pessoas estão mais atentas a essas questões.

Na mediunidade de pintura, por exemplo, são muitos os comentários a respeito de médiuns que dão notícias de que pintam de olhos fechados, mas que não dão testemunho disso os vendando absolutamente para demonstrar o que apregoam. Divulgam mentiras para impactar, para criar o espectro do fantástico, espetacular. Bobagens, engodos. Tenho pelo Brasil afora desafiado esses, digamos, mercadores de seus processos mediúnicos a provarem o que dizem. Até agora nada.

Não guardo qualquer dúvida de que estamos nesse momento não profético. Não! Mas de estabilização de verdades, pois o mundo está mais atento, as pessoas não se sentem mais “tementes a Deus”, pois, mais do que nunca, estão com a sua fé apoiada em suas observações e análise sensata. Não estão mais comendo gato por lebre, dirão os mais velhos.

Pois é, cabe, então, a cada um a reflexão de como melhor viver a sua verdade, para que nos outros não soe como falácia ou mentiras.

José Medrado
Líder Espírita
Fundador da Cidade da Luz

José Medrado - Editorial

Cristina Barude - Psicografia

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