No final de tarde da última segunda-feira, recebi um telefonema que, há alguns meses, muitos aguardavam. Era Cláudio Brandão, desembargador federal da Justiça do Tribunal, participando-me que fazia pouco que o Governador Jaques Wagner noticiou a ele que a presidente Dilma Rousseff havia comunicado a nomeação do jurista para assumir, como ministro, vaga aberta no Tribunal Superior do Trabalho.
Foram meses de ansiedade, uma vez que Brandão já estava concorrendo pela terceira vez à ascensão. Em sua carreira no Regional Trabalhista da Bahia começou como funcionário, galgando passo a passo, por concursos e merecimento, a trajetória até chegar este momento de gáudio para todos os seus amigos e, naturalmente, para o trabalhismo baiano. O desembargador Cláudio Brandão acumula títulos e honrarias, a última foi recebida em dezembro passado, na cidade de Salt Lake City, estado de Utah (EUA): o prêmio de reconhecimento Pride DeVry, fornecido pela DeVry internacional a personalidades que se destacam no meio acadêmico. Esta é a mais alta honraria concedida pela DeVry, que já tem 30 anos de tradição. A entrega da homenagem ocorreu no encontro anual dos professores da instituição.
Pessoalmente, entendo que o processo não é muito justo, ainda que neste caso se fez efetiva e verdadeira justiça, em face do sólido preparo e competência do Dr. Cláudio Brandão, mas é de se lamentar que o Executivo tenha a força de uma caneta para nomear membros do Judiciário Federal, pois a briga, a queda-de-braço nos bastidores das ações políticas imagino ser férrea. Na nomeação, em comento, por exemplo, o Governador Jaques Wagner teve que enfrentar o poderoso Estado de S. Paulo, que tentava, mais uma vez, emplacar um dos seus candidatos. Wagner ganhou. A Bahia continuará muito bem representada, uma vez que o novo ministro assume na vaga do probo baiano Horácio Pires, que se aposentou.