FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO

Carmicamente, o sofrer nos enriquece, mas a Deus ele aborrece...


Carmicamente, o sofrer nos enriquece, mas a Deus aborrece. Os teólogos têm uma expressão muito comum entre eles: "Isso é perigoso". Mas é apenas pelo medo de eles estarem sendo contrários a um dogma. Não, pois, medo de irem contra a Bíblia, já que as teologias cristãs, principalmente a católica, têm mais cuidado com os dogmas do que com a Bíblia.

E esse medo talvez seja originado do trauma da Inquisição presente no inconsciente coletivo das pessoas. Aqui vou usar essa expressão dos teólogos, porém, não por ter medo de estar sendo contra um dogma, mas porque ela é mesmo apropriada para o que vou dizer. Falar de Deus é perigoso, porque nós só podemos nos referir a Ele dentro de nossos limites humanos, e Ele é infinito. Falando como o povo fala, dizemos que, ao nos referirmos a Deus, estamos correndo o risco de estarmos falando abobrinhas! Daí os erros dos teólogos do passado, querendo definir Deus com detalhes, quando nem em síntese poderiam fazê-lo. E, a partir do título desta coluna, algumas referências a Deus, nesta matéria, são simbólicas.

Feito esse esclarecimento, digo que Deus não quer o sofrimento de ninguém. Deus, Pai e Mãe de todos nós, poderia se deleitar com o nosso sofrimento? Quando Jesus diz, no Sermão da Montanha, "bem-aventurados os que sofrem", isto é, felizes os que sofrem, Ele não quis dizer que Deus gosta do nosso sofrimento, pois Deus não é sádico. O que o excelso Mestre quis dizer foi que aqueles que sofrem estão pagando os seus pecados, purificando-se, pois, e após o que passarão a ser felizes. "Ninguém deixará de pagar tudo até o último centavo" (Mateus 5: 26).

Não é, pois, Deus que sofre com os pecados e, sim, os nossos semelhantes, e, por consequência, nós, os autores dos pecados, já que, como vimos, temos que pagá-los todos. Em outros termos, vamos colher o que semeamos. E se Deus sofresse com os pecados da humanidade, Ele seria o ser mais desgraçado de todos e até seria também suspeito de ser masoquista, pois foi Ele que nos criou com livre-arbítrio, ou seja, com o poder de pecarmos.

O sofrimento nos enriquece, porque ele próprio, como vimos, vai libertando-nos de mais sofrimento, ou seja, do fogo simbólico bíblico. "Se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo" (1 Coríntios 3:15).

Aliás, eterno ("aionios" em grego), na verdade, significa indeterminado e não sem fim, como entrou nas traduções da Bíblia para o português e outras línguas. Tempo sem fim é sempiterno.
E o tempo indeterminado da pena é porque depende da quantidade dos pecados cometidos do indivíduo.

E qual pai terreno, apesar de ser imperfeito, se alegraria com a tortura e o sofrimento para sempre de seus filhos, no tal de inferno sempiterno tomado ao pé da letra e em que muitos ainda creem? Se Deus fosse esse ser que se compraz com tal barbarismo contra seus filhos, seria o caso de perguntarmos: será que um pai terreno pode ser melhor e mais perfeito do que o Pai celestial?


Programa. Em breve, apresentarei o programa de TV, "Presença Espírita na Bíblia", na Rede Mundo Maior de TV e TVCEI (Conselho Espírita Internacional), em Guarulhos, na Grande São Paulo, transmitido por antena parabólica e 40 canais a cabo e outros abertos, para todo o Brasil e países da América do Sul, respondendo perguntas dos telespectadores.

http://www.redemundomaior.com.br/sys/Cobertura/Abrangencia_Rede_Mundo_Maior.pdf Relação das cidades em que é sintonizada por TV a cabo, no site: www.redemundomaior.com.br

http://www.tvcei.com/portal/pages/cobertura.html

Os programas serão transmitidos também, ao mesmo tempo, pela internet, inclusive por www.tvfraternidade.com.br

José Medrado - Editorial

Cristina Barude - Psicografia

Eventos

Auxílio Espírita