FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO

Para ser bom cristão, uma boa pedida é ser espírita e vice versa


Muitos evangélicos estão dizendo que já foram espíritas para passarem a ideia de que o espiritismo é um erro e que as pessoas mais inteligentes e conhecedoras da Bíblia o repudiam.
E, também, muitos pastores traumatizam seus fiéis com o espiritismo, proibindo-os de lerem livros espíritas e de irem às casas espíritas, pois se os seus fiéis conhecerem essa doutrina, adeus pastores! Mas, apesar disso, eu tenho constatado, em minhas palestras por todo o Brasil e algumas em Portugal, que as casas espíritas estão ficando cheias de evangélicos e protestantes, e católicos, então, nem se fala!

Conhecendo os fenômenos espíritas, o grande médium ou profeta João Evangelista nos ensina a necessidade do exame dos espíritos comunicantes, para sabermos se são bons ou maus (1 João 4:1). Nem todos, pois, são maus, como os padres do passado passaram a ensinar e os de hoje, juntamente com os pastores, teimam em manter esse erro para os seus fiéis. Os líderes religiosos mais letrados nem sempre concordam com esse ensino errado, mas por obediência aos seus superiores hierárquicos, ficam em silêncio.

Um médium, dificilmente, imanta (incorpora) o Espírito de Deus mesmo. Nem o de Jesus é comum um médium receber, pois o choque seria muito grande. Por exemplo, quando Jesus se manifestou a Paulo na estrada de Damasco, apesar de ter sido apenas em forma de luz e voz, e não de incorporação, Paulo desmaiou e ficou cego diante da luz muito forte de Jesus.

E as profecias são feitas por espíritos. Por isso, como vimos, João, na sua citada carta, fala que devemos examinar os espíritos. As profecias verdadeiras somente ocorrem quando constatarmos que os espíritos que as fazem são bons. Se eles forem maus, suas profecias são falsas. Veja-se um exemplo de profecias verdadeiras feitas por profetas (espíritos desencarnados) por meio dos profetas (médiuns encarnados) Heldade e Medade (Números 11: 24 a 30).

E eis uma grande verdade, para examinarmos os espíritos, temos que contatá-los, o que significa praticarmos o espiritismo!

Vejamos mais exemplos bíblicos: “Mesmo depois de morto, Samuel (em espírito) profetizou, anunciando ao rei seu fim” (Eclesiástico ou Sirácida 46: 20), o que foi feito por meio de um médium (profeta encarnado). Daí que os espíritos dos profetas são subordinados aos profetas (médiuns) (1 Coríntios 14: 32).

“Eis que colocarei nele um espírito e ele, ao ouvir um certo rumor, voltará para a sua terra; e nela eu o farei cair morto à espada” (2 Reis 19: 7).

Da transfiguração (Mateus 17: 2), os líderes religiosos só falam na luminosidade do rosto e da roupa de Jesus, mas nada do principal, que foi a verdadeira sessão espírita envolvendo Jesus, Pedro, Tiago e João com os espíritos de Moisés e Elias, que haviam vivido aqui na Terra, já havia séculos. Jesus e os três apóstolos médiuns citados, sempre convocados por Ele para participarem de seus feitos especiais, desobedeceram a lei mosaica (não divina) de Deuteronômio capítulo 18, que proíbe o contato com os espíritos dos mortos. Hoje, fazem isso, também, os espíritas. Moisés proibiu essa prática, de um modo geral, porque o povo não estava preparado para ela.

Os bons cristãos são espíritas e os bons espíritas são cristãos, já que eles não são apenas como que alunos ou estudantes dos ensinos de Jesus e dos seus apóstolos, mas são também verdadeiros discípulos deles, pois, como eles, praticam também o evangelho!

José Medrado - Editorial

Cristina Barude - Psicografia

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