FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO

A formiga de Deus


Espírito: Amadeu Bueno

Médium: Maria Sílvia

Psicografado: Em 30/06/2013 - Associação Espírita Pão e Luz - Camaçari - Bahia.


A formiga de Deus


Cala-me no peito pensamentos e desejos. Silencio diante de mim mesmo em busca de aspirações e realizações mais profundas e verdadeiras. Clamo no mais profundo de mim por encontrar o verdadeiro sentido da vida. Neste momento é como se me achasse vazio, esperando ser preenchido! Clamo então pela essência que sei existir em cada ser, divina e pura, e nela anseio encontrar-me.


Perdi-me em busca de mim, pensando encontrar-me na alegria que embriaga, no poder que enceguece, na luxúria que adormece.


Percorri uma longa estrada entre a paz e a agonia. Fiz o percurso dos desesperados, enlouquecido, burlescamente perdido no próprio ser. Desci a profundezas íngremes que machucaram-me, arrancando de mim uma dor estonteante e nefasta. Desci aonde a infelicidade humana não concebe se ir. E eu fui! Levado pela sedução caprichosa da ilusão que nos envolve e nos enlouquece, A mente não sã, a mente insana, cada vez mais me iludia e eu me via no despenhadeiro cada vez mais tenebroso, e caía, caía...


Já não me conhecia, havia perdido todas as minhas referência, era apenas um perdido, um enganado, um morto-vivo!


No meio àquela enorme peleja íntima, onde já não me via, não me sentia, eu vi um pequeno ser! O que era aquilo? Subia pelas minhas pernas e me mordia, o que era aquilo? Na minha insanidade parecia que crescia, depois diminuía, o que era aquilo? Era uma formiga, era uma formiga com seus ferrões e me mordia. Então eu gritei,

- mamãe, mamãe, o bicho está me mordendo: E eu voltei o rosto chorando, e encontrei o seu rosto sorrindo e me dizendo:


- vem filho, vem, deixa que afaste o bichinho que está lhe mordendo! Seus braços me envolveram e eu gritei, mamãe, mamãe!

Passei a mão na minha perna, então eu me senti, tinha pernas, tinha um corpo eu existia, era alguém, e tinha vida!

Adormeci, apenas vozes que me arrancavam daquele abismo, daquele labirinto desencontrado de emoções.

Estou aqui, agora sei que estou vivo! Meio perdido, não mais ensandecido, já não mais só!


Como companheiro inseparável, o desejo de me encontrar em sua essência em seu amor!


Amadeu Bueno
30/06/2013

José Medrado - Editorial

Cristina Barude - Psicografia

Eventos

Auxílio Espírita