Espírito: André Peralva
Médium: Maria Sílvia
Psicografado: Em 20/09/2015 - Associação Espírita Pão e Luz - Camaçari - Bahia.
Viver cristão
Entesouramos no decorrer das variadas migrações da alma, experiências de variada ordem, que nos servirão de sustentação ou de perturbação, em novas jornadas humanas. Em processo de eterna misericórdia nos permite o Criador novas possibilidades de iluminação que nos conduzirão um dia à transcendência espiritual, onde os valores e as sensações matérias não mais nos influenciarão o espírito imortal!
A imortalidade da alma que nos permite o retorno às variadas paisagens humanas é-nos de grande responsabilidade! Como dádiva sublime de amor, nela devemos refletir as nossas possibilidades, adquiridas no percurso desta nova caminhada.
É preciso analisar valores, e lhes descobrir o real sentido. O que nos importa realmente, para que possamos alcançar a meta a que nos propomos alcançar? O discernimento sobre as realidades espirituais nos orienta a ponderar, que as respostas aos questionamentos que nos são dirigidos diariamente, devem ser pautadas nos ensinamentos cristãos, onde a moralidade e o objetivo nobre seja-lhe a luz esclarecedora.
O processo de transição que se atravessa pede grave e profunda reflexão sobre as posturas internas que estamos assumindo e as sensações que estamos veiculando. Àquele que mais foi dado mais será cobrado. Aos Espíritas cabe grande responsabilidade, pois a eles o conhecimento das vidas futuras e do destino relacionada às ações praticadas foi esclarecido. Urge o tempo, e a vida nos convida à reflexão! A humildade dificilmente é lembrada, constituindo-se o ser em poço de vaidade, onde os verdadeiros valores do Espírito parecem estar emparedados. A criatura de Deus perde-se nas conjunturas da sobrevivência em busca das coisas materiais, da aparência exterior, do destaque social! Em momento algum parece querer voltar-se à divindade que em gérmen habita dentro de si ! Onde anda a preocupação em relação às coisas do Pai?
Nesse processo de hediondez que envolve o planeta, onde vidas são ceifadas friamente, onde o primarismo ancestral parece permanecer num contingente avassalador de violência e morbidez, é preciso voltar-se para Jesus! Ele nos esclarece, que todos estes que permanecem à retaguarda do amor, são como crianças que um dia chegarão à fase adulta, e que ressurgirão em processo amargo de autoeducação, onde amargarão vicissitudes das mais penosas e aflitivas, à maneira do aluno indisciplinado que repetirá variadas vezes a mesma série escolar, até alcançar alicerces, que o conduzirão seguramente a uma turma mais adiantada. É ele o Mestre iluminado, o nosso Rabi da Galiléia que precisa da nossa atenção. Ele nos orienta a mantermos a paz interior, fazendo perceber àqueles que o buscam, que, às grandes calmarias precedem-se grandes tempestades, grandes turbulências! É momento de acomodação planetária, e para que as coisas do Pai sejam recolocadas em seus devidos lugares, urge o momento dos pesos e medidas!
Ele nos pede simplicidade, discernimento, amor e a prática indiscriminada do perdão! Conhecendo-nos intimamente o coração e os sentimentos, sabe quem realmente somos.
É necessário viver o amor cristão em nossas atitudes diárias, vivendo Jesus, pois ele compreende as nossas necessidade reais e permite que amigos invisíveis nos sitiem a existência nos orientando os passos.
O nosso compromisso primeiro é com ele, sabendo ouvir-lhe as orientações, buscando ver através dos seus olhos meigos e doces a mensagem indescritível de amor que ele deixou entre nós, como legado perene da sua bondade e da sua mensagem divina!
Não julguemos, pois ele não julgou, não condenemos, pois ele não condenou!
Apenas nos sentimos ofendidos ou desorientados, se mantemos relação com a ofensa e com o desequilíbrio!
A todas as nossas dúvidas ele responde, diante das nossas fraquezas ele ampara, verificando os nossos equívocos ele orienta! O seu evangelho é a sua presença nos apontando o caminho a seguir!
Preparemo-nos para o novo Planeta que irá surgir, verificando a liberdade e a Paz de consciência que vige em nós. Sendo mansos e prudentes e extraindo das experiências amargas a grande lição da humildade e da tolerância!
O Pai nada exigiu de nós, pois tinha consciência da nossa indigência moral e Espiritual, apenas nos orientando a amar, perdoar e servir!
Que ele e o Mestre os abençoe!
André Peralva
20/09/2015